segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Divina Comédia(Dante Alighieri/Classicismo)

Um dos livros mais lidos da história entra na lista dos meus preferidos: A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O livro narra a história de Dante, que em certo ponto sua vida,desgostoso com a humanidade recebe a oportunidade de fazer uma visita ao inferno,purgatório e paraíso para que possa realizar uma reflexão de como levar sua vida, assim como passar o pensamento para toda a humanidade após sua viagem. Dante escreveu essa obra a fim de que as pessoas pudessem fazer uma reflexão de como levavam suas vidas terrenas, a esse ponto o autor estava profundamente desgostoso com os homens, pois passou a perceber como eram frívolos os interesses materiais e o ponto a que o homem havia chego. Dante sempre foi um fervoroso patriota,amante de seu país,a Itália.Envolvido na política,logo notou o falso interesse dos políticos pela nação e o gosto que os mesmos tinham pelo poder. Escreveu o livro com o objetivo que seus leitores pudessem dar atenção aos reais motivos em que guiavam suas vidas.

Ao fazer com que cada terceto antecipe o som que irá ecoar duas vezes no terceto seguinte, a terza rima dá uma impressão de movimento ao poema. É como se ele iniciasse um processo que não poderia mais parar.  
A Divina Comédia é divida em três partes: o inferno,o purgatório e o paraíso, nessa o autor relata uma viagem de profunda espiritualidade. Durante a caminhada muitos conceitos são empregados, o autor encontra seres mitológicos e pessoas reais da história pelos círculos em que percorre: pessoas ditas boas estão no inferno e outras apontadas como más aparecem no paraíso a fim de mostrar que o que realmente vale é o ponto interior de cada um e não sua aparência.
 
Muitos dizem que Dante ingressou em uma viagem espiritual guiada realmente por algo profundo, pois vários conceitos estão como sinais no livro e muitos nem existiam ainda. O inferno é como um julgamento dos pecados do homem na Terra, de acordo com a gravidade dos pecados cometidos a alma é condenada a um círculo mais profundo onde o castigo é pior, ou seja, os pecados são analisados em relação ao mal que causaram; o número de círculos é nove, somados ao número um,que seria a vida terrena, formam dez, aonde um mais zero é igual a um,o número que demarca Deus,criação,princípio de tudo na numerologia. Dante teve o objetivo de fazer com que as pessoas realmente observassem suas vidas,assim como seus atos, vários pensamentos ou conceitos depois adotados em filosofias ou crenças são encontrados no decorrer da história. A forma do inferno, um cone , forma essa adquirida pela queda de Lúcifer do ceu quando Deus jogou neste um raio fazendo -o cair com tamanha força e velocidade até adentrar o centro da Terra. Sem dúvida alguma é um livro a ser lido, interpretado e absorvido como tema de reflexão e crescimento cultural, literário e até mesmo espiritual.

Os três livros que formam a Divina Comédia são divididos em 33 cantos cada, com aproximadamente 40 a 50 tercetos, que terminam com um verso isolado no final. O Inferno possui um canto a mais que serve de introdução a todo o poema. No total são 100 cantos. Os lugares descritos por cada livro (o inferno, o purgatório e o paraíso) são divididos em nove círculos cada, formando no total 27 (3 vezes 3 vezes 3) níveis. Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa 'estrelas'.
Dante chamou a sua obra de Comédia. O adjetivo "Divina" foi acrescido pela primeira vez em uma edição de 1555. A Divina Comédia excerceu grande influência em poetas, músicos, pintores, cineastas e outros artistas nos últimos 700 anos. Desenhistas e pintores como Gustave Doré, Sandro Botticelli, Salvador Dali, Michelangelo e William Blake estão entre os ilustradores de sua obra. Os compositores Robert Schumann e
Gioacchino Rossini traduziram partes de seu poema em música e o compositor húngaro Franz Liszt usou a Comédia como tema de um de seus poemas sinfônicos.

Esse foi um dos livros que mais marcaram minha vida,eu e a Luxúria já o lemos e tiramos diversas conclusões em comum.A versão que lemos é adaptada,o que em momento algum desviou o foco da obra ou deixou lacunas em torno da narrativa. Excelente trabalho da L&PM Pocket e do tradutor Fábio M. Alberti.
Logo estaremos com a versão original =D

Um comentário:

. disse...

Excelente postagem ;)

Um dos meus livros favoritos também. Ainda quero ler o original, mas realmente, a adaptação da L&PM POCKET não tirou o foco da história.

Indico o livro para todos os que tenham vontade de ler. O vocabulário é o menos importante quando há vontade.